O filme de Zachary Quinto era bem esperado por esse blog (veja aqui) e ganhou no Brasil o nome de O Dia Antes do Fim. Remete à crise financeira de 2008 e é bem generoso com o seu elenco de famosos. Praticamente cada um deles ganhou uma grande cena.
Demi Moore não convence em um papel mais sério. No elevador com Simon Baker, a senhorinha da limpeza, com seu sorriso lívido e estático, rouba toda a cena.
Paul Bettany faz graça com seus US$ 2,5 milhões (aqui), mas o filme é definitivamente de Kevin Spacey. Ele é o líder, o cara.
Mesmo depois de demitir 80% da empresa (incluindo o Stanley Tucci!!!!), é capaz de fazer um belo discurso motivacional.
É o único também capaz de bater de frente com Jeremy Irons.
Sem estrear, The Ides of March, ou Tudo pelo Poder, já ganhou indicação nesse blog (veja aqui). Os cinéfilos também apostam que Ryan e George estão garantidos na corrida pelo Oscar. Sorte de que quem pode aproveitar a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e não precisa segurar a ansiedade até a estreia oficial.
Sem desmerecer a dobradinha com Tim Burton ou Jack Sparrow, é bom ver Johnny Depp em um papel contemporâneo – ainda mais, ao lado de Aaron Eckhart, Richard Jenkins e Giovanni Ribisi.
Calma, minha gente. Não é uma love story nem um novo filme.
O encontro acima foi literalmente criado por Peter Lindbergh, o único homem capaz de reunir em um ensaio estrelas do cinema, da TV e do futebol e fazer disso uma verdadeira obra-prima.
Além de já ter feito trabalhos para a Vogue, Harper’s Bazaar e Rolling Stone, Peter é membro honorário de um exclusivo clube alemão de diretores de arte.
É conhecido por criar narrativas com as suas fotos. Para este ensaio, escolheu a vila italiana imortalizada, há mais de 50 anos, por Elizabeth Taylor e Richard Burton. “Time moves on. Only in Portofino does it stand still. When dark clouds shroud the bay, the place takes on an air of mystery“, explica.
Além de Cate e Kevin…
… este ensaio conta com a participação de Eric Dane, …
Tenho a impressão que a Acadimia adora matar seus mocinhos. Quanto mais inusitado, melhor. Os Infiltrados, vencedor em 2007, é um filme bom. Estavam devendo uma estatueta dourada pro Martin Scorsese desde Taxi Driver. Mas o “Oh!, agora sim ele leva o Oscar!” foi muito pela cena abaixo.
“Surpresa! O mocinho morre no final!” estava muito batido, coisa de amador. A ideia de matar o mocinho no ápice do filme mereceu o Oscar e a nossa indicação. Quando o espectador está todo envolvido, adorando ver o Damon apanhar muito e achando que finalmente o DiCaprio vai parar de sofrer, boom!Clap, clap, Martin!
A partir daí matar o bonitinho do filme em um susto ficou corriqueiro, como em Queime Depois de Ler (2008).
Martin Scorsese finalmente levou a estatueta dourada e o filme levou também os prêmios: Melhor Roteiro Adaptado (William Monahan) e Melhor Edição (Thelma Schoonmaker).
Antes de Os Infiltrados, outro filme vencedor do Oscar também surpreendeu – não porque matou o mocinho no final, mas pelo inusitado assassino. O mistério acerca da morte do pai de família cansado Lester Burnham (Kevin Spacey) em Beleza Americana, vencedor em 2000, é tão bom quanto o de Quem matou Odete Roitman!?
No final, é revelado o inesperado assassino- vizinho-militar-gay-enrustido (Chris Cooper).
Beleza Americana venceu também nas categorias: Melhor Diretor (Sam Mendes), Melhor Ator (Kevin Spacey), Melhor Fotografia (Conrad Hall) e Melhor Roteiro Original (Alan Ball).
Elizabeth Olsen (mais uma?) protagoniza a história da jovem que tenta reconstruir sua vida após fugir de um culto nebuloso.
6. The Ledge
E a religião é, de novo, mote de um filme, que tem outra fênix no elenco, Liv Tyler. O thriller mostra a violência desencadeada por um argumento apresentado por ateu a um cristão conservador.
5. Life in a Day
Imagine um filme feito a partir de fragmentos enviados por pessoas de várias partes do mundo. A proposta? Eles deveriam mostrar o que estavam fazendo em 24 julho de 2010. A colcha de retalhos foi costurada pelos diretores Kevin MacDonald e Ridley Scott e estreia hoje (27/01) em Sundance, com transmissão ao vivo no youtube.
4. Red State
Não sei se é o fim do mundo, mas a religião é também tema de um filme de terror, liderado por Kevin Smith, sobre um grupo de pessoas que se vê frente a frente com o fundamentalismo extremo.
3. Higher Ground
Nhé! Vera Farmiga dirige e protagoniza o drama de uma mulher que dedica 20 anos da sua vida ao fundamentalismo. Um dia ela ela decide partir… to infinity and beyond! Ok, ok. Foco.
2. Page One
Documentário feito a partir da experiência de Andrew Rossi em um departamento do New York Times. Nas palavras de Richard Lawson, “Should be thrilling for media nerds everywhere“.
O Forrest levou a fama, mas quem sabia contar uma história era o Lester:
I had always heard your entire life flashes in front of your eyes the second before you die. First of all, that one second isn’t a second at all, it stretches on forever, like an ocean of time… For me, it was lying on my back at Boy Scout camp, watching falling stars… And yellow leaves, from the maple trees, that lined our street… Or my grandmother’s hands, and the way her skin seemed like paper… And the first time I saw my cousin Tony’s brand new Firebird… And Janie… And Janie… And… Carolyn. I guess I could be pretty pissed off about what happened to me… but it’s hard to stay mad when there’s so much beauty in the world. Sometimes I feel like I’m seeing it all at once, and it’s too much, my heart fills up like a balloon that’s about to burst… And then I remember to relax, and stop trying to hold on to it, and then it flows through me like rain and I can’t feel anything but gratitude for every single moment of my stupid little life… You have no idea what I’m talking about, I’m sure. But don’t worry… you will someday.
Não ficou convecido?
Brad Dupree: My job consists of basically masking my contempt for the assholes in charge, and, at least once a day, retiring to the men’s room so I can jerk off while I fantasize about a life that doesn’t so closely resemble Hell.” Well, you have absolutely no interest in saving yourself. Lester Burnham: Brad, for 14 years I’ve been a whore for the advertising industry. The only way I could save myself now is if I start firebombing.