O Poder e a Lei é um filme que passou despercebido pelos cinemas. Não posso dizer que injustamente por um único motivo: com o preço cobrado hoje pelos multiplex-da-vida é melhor reservar para ver na telona somente aqueles com efeitos especiais. E esse não é o caso de O Poder e a Lei.
Quem disse que talento e/ou um rostinho bonito são suficientes para ser uma estrela em Hollywood? Nope. Tem muita gente boa que não consegue uma estrela na calçada da fama e ter o sol brilhando.
Com vocês, as provas disso.
10. Rebecca de Mornay
Porque 19 anos se passaram e Peyton continua imbatível.
9. Marisa Tomei
Ela ganhou um Oscar em 1992, já foi indicada outras vezes, é muito bonita e, mesmo assim, continua cavando, com dificuldade, papéis secundários.
8. Stanley Tucci
Em 2010, com Um Olhar do Paraíso, eu achei que finalmente ele seria reconhecido. Ledo engano…voltou a ser coadjuvante.
7. Laura Linney
Ela já foi indicada ao Oscar em três ocasiões, já interpretou todo tipo de personagem e tem no seu currículo filmes maravilhosos. Nada disso foi suficiente. Até que a Original Film e a Sony resolveram produzir The Big C, com Laura no papel principal. Sorte nossa!
6. Kevin Kline
Ok, ele fez muito filme ruim. Mas também emocionou e arrancou lágrimas como Cole Porter, foi o professor Howard Brackett em Será Que Ele É e William Hundert em O Clube do Imperador, foi o francês Luc e tantos outros personagens inesquecíveis. Mesmo assim, a gente é obrigado a vê-lo fazendo uma ponta em um filminho capenga como Sexo Sem Compromisso. Que dor no coração!
5. Richard Dreyfuss
Ele já teve mais sorte no passado. Hoje faz pequenas participações em filmes que seriam questionáveis se este coadjuvante não roubasse completamente a cena.
4. Christine Baranski
Mais um presente que a TV nos dá. E quem assiste a The Good Wife sabe do que estou falando.
3. Toni Collette
Na mesma categoria de Christine e Laura está Toni. Indicada ao Oscar por Sexto Sentido, ela continuava com papéis secundários até virar a estrela de United States of Tara.
2. Minnie Driver
Aparentemente a atriz inglesa só não convenceu os chefões de Hollywood. Adoro!
Elizabeth Olsen (mais uma?) protagoniza a história da jovem que tenta reconstruir sua vida após fugir de um culto nebuloso.
6. The Ledge
E a religião é, de novo, mote de um filme, que tem outra fênix no elenco, Liv Tyler. O thriller mostra a violência desencadeada por um argumento apresentado por ateu a um cristão conservador.
5. Life in a Day
Imagine um filme feito a partir de fragmentos enviados por pessoas de várias partes do mundo. A proposta? Eles deveriam mostrar o que estavam fazendo em 24 julho de 2010. A colcha de retalhos foi costurada pelos diretores Kevin MacDonald e Ridley Scott e estreia hoje (27/01) em Sundance, com transmissão ao vivo no youtube.
4. Red State
Não sei se é o fim do mundo, mas a religião é também tema de um filme de terror, liderado por Kevin Smith, sobre um grupo de pessoas que se vê frente a frente com o fundamentalismo extremo.
3. Higher Ground
Nhé! Vera Farmiga dirige e protagoniza o drama de uma mulher que dedica 20 anos da sua vida ao fundamentalismo. Um dia ela ela decide partir… to infinity and beyond! Ok, ok. Foco.
2. Page One
Documentário feito a partir da experiência de Andrew Rossi em um departamento do New York Times. Nas palavras de Richard Lawson, “Should be thrilling for media nerds everywhere“.
Jane Goodale tomou emprestado o PhD de Dra Marie Charles, “confundadora do Instituto do Narcisismo Patológico“, para divulgar a Teoria da Nova Vaca.
A ideia surgiu a partir de um coração partido e um artigo publicado na página de Ciências do NYT sobre as preferências do touro no acasalamento.
O macho cruza com a fêmea quando colocados em um mesmo ambiente. Em um segundo momento, ele a recusa, pois quer uma nova vaca. Nas palavras de Jane, “a teoria da vaca nova e o ‘eu odeio transar com a mesma mulher’ são a mesma coisa. Por isso, os homens são infiéis. Cedo ou tarde, nós viramos vacas velhas e eles, então, saem a procura de fêmeas menos familiares”.
Com uma obsessão na cabeça, a produtora mergulha em uma literatura (sic) bem específica, formulando melhor a teoria. Trata-se da imperatividade copulativa, isto é, um impulso biológico de espalhar a semente.
O ’touro’ começa um relacionamento sempre com uma carta na manga – ferramentas de sedução com as quais atrai a vaca nova. Um dos exemplos mais notórios é a triste história da vaca atual, que não o compreende perfeitamente. Este é o segredo para entender o mito da timidez masculina – parece que ele está fazendo elogios a você, mas na verdade o faz a si mesmo, mostrando o quanto honesto e sensível ele é.
Fato é que, segundo Jane, menos de 5% dos animais machos são monógamos. Os outros 95% estão “plugging Penelope Pope“.
PS3: Mesmo sem as garras, o Hugh Jackman tá uma belezinha nesse filme, não?
PS4: Revendo Alguém Como Você, achei um erro de continuidade. Quando Jane vai morar com Eddie, uma das paredes do seu quarto está destruída. Cenas depois, quando Jane e Eddie dormem (no sentido literal da palavra) juntos, essa mesma parede, que dava para a sala, virou uma janela, com cortininha fofa e claridade do sol entrando. #shithappens.
Eu peguei um pouco de preguiça do Mel Gibson nos últimos tempos, mas é preciso admitir que ele fez bons filmes. E esse é um deles:
PS1: E eu ainda acho que o talento da Marisa Tomei é desperdiçado nos filmes. Afinal, ela tem um Oscar por Meu primo Vinny e outras duas indicações no currículo.