O filme de Zachary Quinto era bem esperado por esse blog (veja aqui) e ganhou no Brasil o nome de O Dia Antes do Fim. Remete à crise financeira de 2008 e é bem generoso com o seu elenco de famosos. Praticamente cada um deles ganhou uma grande cena.
Demi Moore não convence em um papel mais sério. No elevador com Simon Baker, a senhorinha da limpeza, com seu sorriso lívido e estático, rouba toda a cena.
Paul Bettany faz graça com seus US$ 2,5 milhões (aqui), mas o filme é definitivamente de Kevin Spacey. Ele é o líder, o cara.
Mesmo depois de demitir 80% da empresa (incluindo o Stanley Tucci!!!!), é capaz de fazer um belo discurso motivacional.
É o único também capaz de bater de frente com Jeremy Irons.
Sem estrear, The Ides of March, ou Tudo pelo Poder, já ganhou indicação nesse blog (veja aqui). Os cinéfilos também apostam que Ryan e George estão garantidos na corrida pelo Oscar. Sorte de que quem pode aproveitar a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e não precisa segurar a ansiedade até a estreia oficial.
Sem desmerecer a dobradinha com Tim Burton ou Jack Sparrow, é bom ver Johnny Depp em um papel contemporâneo – ainda mais, ao lado de Aaron Eckhart, Richard Jenkins e Giovanni Ribisi.
A grande estrela é Veneza. É por ela vale que cada minuto do filme. Afinal, como diria Frances Mayes, “Se não houver Veneza no paraíso de verdade, não quero ir pra lá“.
Fui hoje ver A Jovem Rainha Vitória. Entrei no cinema com a certeza de que gostaria desse filme. Saí também certa de que esse DVD não faltará na minha estante.
A Jovem Rainha Vitória reune vários elementos que me atraem:
1) as histórias da família real inglesa – não resisto a nenhum filme ou seriado sobre o assunto e vivo fazendo google para relembrar episódios ou para entender a complicada árvore genealógica.
3) o figurino – merecidamente premiado com um Oscar.
4) a personalidade de Vitória – a jovem que, aos 18 anos, assumiu a coroa britânica e lá permaneceu por 64 anos, influenciando o estilo de vida e comportamento dos ingleses e consolidando o país como um grande império.
5) o romance – sim, esse filme mostra a linda história de Vitória e Albert, digna da realeza, praticamente um conto de fadas.
Um pouco disso está reproduzido nos três posteres que divulgam a obra.
Mas a parte que tira o meu fôlego é a primeira carta que Albert, na Alemanha, escreve a Vitória.
My dear Victoria, these days would be full of sadness since I know the king is dear to you. Will you allow me to offer my support ?(…) If I cannot be with you then I pray you would hear my voice and the music that I send. You know my love of Schubert. This is his Swan-song and I play it with you in my heart.
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PS1: Se você ainda não se convenceu, saiba que um dos produtores é Martin Scorsese.
PS2: Quem também assina a produção é a Duquesa de York, Sarah Ferguson, que garantiu que o filme fosse rodado em nove castelos e mansões do Estado Britânico.
PS3: O Príncipe Albert é interpretado por Rupert Friend, que fez o Wickham em Orgulho e Preconceito. Ele é, aliás, namorado da Keira Knightley, que deve ter se mordido por não ter feito a Rainha Vítória.
PS4: O Paul Bettany, a quem já dediquei um post, é Lord Melbourne.
PS5: Esse é um retrato da verdadeira Rainha Vitória.
PS6: Vitória e Albert tiveram NOVE FILHOS. Ele morreu aos 41 anos e décadas antes dela. Leia mais sobre ela no Brasil Escola ou no site da BBC.