Muita gente ouviu falar desse filme por causa do Adam Levine, que cantou a música Lost Stars no Oscar 2015.
E essa faixa, não só a versão do Adam Levine, SERIA um bom motivo para encaixar esse filme na categoria Trilha. Seria, porque a película é muito melhor e maior que isso.
Ela foi escrita e dirigida pelo irlandês John Carney, que já tinha surpreendido com o sensível Once – Apenas Uma Vez, que virou musical em teatros mundo afora.
Mesmo Se Nada Der Certo, cujo título original é Begin Again, é sobre ter uma segunda chance e, principalmente, na visão deste blog, sobre espontainedade.
O filme conta a história de Gretta (Keira Knightley), que se mudou para NY para acompanhar o namorado (Levine), que a troca por outra. Para curar a dor de cotovelo, um amigo a leva para um bar e a convida para cantar uma de suas músicas. No meio da plateia apática está Dan, totalmente embriagado, que tenta convencê-la a gravar um disco, algo que nem ela mesmo sabe se quer.
O talento que Dan enxerga em Gretta é o mesmo que ela enxerga naquele desconhecido bêbado. É uma daquelas conexões fáceis, naturais, espontâneas que levam a um…por que não?
E assim eles se jogam na produção do álbum e da maneira mais espontânea (de novo!) possível: em diferentes pontos da cidade – no alto de um prédio, em um beco, no parque – adicionando os sons da metrópole à criação.
E o resultado dessa brincadeira – das atuações à trilha – é fantástico. De levantar do sofá e dançar pela sala.
Restou alguma dúvida?
PS1: Keira aprendeu a tocar violão somente para o papel, que foi declinado por Scarlett Johansson.
Conseguiu acompanhar o tailandês? 😉
PS2: O amigo de Keira, com quem ela vai morar após o fim do namoro com o Adam, é James Corden, o Paul Potts, de Apenas Uma Chance.
Você já parou para pensar que o que você aprendeu na escola, que quase todos os livros educativos, omitem uma parte importante da história? Sobre o fim da II Guerra Mundial?
Este segredo foi guardado por 50 anos e atende pelo nome de Alan Turing. É essa história que o Jogo da Imitação, que levou o Oscar de melhor roteiro no domingo passado, conta. No filme, essa figura, esse homem fantástico foi incorporado por Benedict Cumberbatch.
Incorporado, sim, porque Ben chegou a passar mal nas últimas semanas de filmagem. Teve um colapso nervoso, porque sentiu todas as dores do seu personagem. E não é para menos. Ele foi ignorado e perseguido (não comentamos os detalhes e o final para não estragar o filme), mesmo tendo, segundo Winston Churchill, sido responsável pela maior contribuição individual pelo fim da II Guerra Mundial. Nas palavras do ator que o interpretou (e muito bem, diga-se de passagem!)…
“Temos heróis mais improváveis agora. Não são apenas os caras com armas – são os caras com cérebros”.
PS: A equipe de Alan Turing, que o ajudou a construir Christopher, foi recrutada por uma palavra-cruzada publicada em 13/01/1942 no The Telegraph.
PS2: Segundo o site Ancestry.com, Alan Turing e Benedict são parentes distantes — primos em 17º grau. E vc ainda não acredita em coincidências? 😉
PS3: Alan Turing é considerado o pai da ciência da computação.
PS4: Se vc ainda não viu o filme, está esperando o quê?
E essa nem é a única novidade de Keira, já apontada como sósia de Natalie Portman pelo Abelardo. Ela protagoniza mais um clássico, Anna Karenina, ao lado de Jude Law e do garoto de Liverpool, Aaron Johnson.
Oscar de figurino a caminho?
PS: Segundo a Folha, a estreia de Anna Karenina está prevista para 12 de outubro.
Meninas, atenção: eles sempre precisaram de um empurrãozinho.
Carl Jung: It’s generally thought to be the man who should take the initiative. Sabina Spielrein: Don’t you think there’s something male in every woman and something female in every man? Or should be? Carl Jung: Maybe. I expect you’re right, yes. Sabina Spielrein: If you ever want to take the initiative, I live in that building there. Where the bay window is.
Vincent Cassel aparece muito pouco no filme, mas o suficiente para tirar boas risadas com o seu divertido e depravado Otto Gross. Quando perguntado se não acredita em monotonia:
For a neurotic like myself, I can’t possibly imagine a more stressful concept.
Porque, afinal, se tem uma coisa que ele aprendeu nessa vida…
If there is one thing I have learned in my short life, it is this – never repress anything
PS: O trailer:
PS2: O Viggo, principalmente, ficou muito parecido com o Freud e quase irreconhecível.
Sem estrear, The Ides of March, ou Tudo pelo Poder, já ganhou indicação nesse blog (veja aqui). Os cinéfilos também apostam que Ryan e George estão garantidos na corrida pelo Oscar. Sorte de que quem pode aproveitar a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e não precisa segurar a ansiedade até a estreia oficial.
Sem desmerecer a dobradinha com Tim Burton ou Jack Sparrow, é bom ver Johnny Depp em um papel contemporâneo – ainda mais, ao lado de Aaron Eckhart, Richard Jenkins e Giovanni Ribisi.
Nós, mulheres, bem tentamos odiar a Keira. A gente odeia como ela é MUITO magra e tentamos bravamente encontrar defeitos nela, como a arcada dentária superior (até quem não é especialista nota que ela fugiu da cadeira do dentista, né?).
Aí ela aparece assim, deslumbrante, em um ensaio fotográfico e o nosso coração nobre nos obriga a admitir …
Fui hoje ver A Jovem Rainha Vitória. Entrei no cinema com a certeza de que gostaria desse filme. Saí também certa de que esse DVD não faltará na minha estante.
A Jovem Rainha Vitória reune vários elementos que me atraem:
1) as histórias da família real inglesa – não resisto a nenhum filme ou seriado sobre o assunto e vivo fazendo google para relembrar episódios ou para entender a complicada árvore genealógica.
3) o figurino – merecidamente premiado com um Oscar.
4) a personalidade de Vitória – a jovem que, aos 18 anos, assumiu a coroa britânica e lá permaneceu por 64 anos, influenciando o estilo de vida e comportamento dos ingleses e consolidando o país como um grande império.
5) o romance – sim, esse filme mostra a linda história de Vitória e Albert, digna da realeza, praticamente um conto de fadas.
Um pouco disso está reproduzido nos três posteres que divulgam a obra.
Mas a parte que tira o meu fôlego é a primeira carta que Albert, na Alemanha, escreve a Vitória.
My dear Victoria, these days would be full of sadness since I know the king is dear to you. Will you allow me to offer my support ?(…) If I cannot be with you then I pray you would hear my voice and the music that I send. You know my love of Schubert. This is his Swan-song and I play it with you in my heart.
——
PS1: Se você ainda não se convenceu, saiba que um dos produtores é Martin Scorsese.
PS2: Quem também assina a produção é a Duquesa de York, Sarah Ferguson, que garantiu que o filme fosse rodado em nove castelos e mansões do Estado Britânico.
PS3: O Príncipe Albert é interpretado por Rupert Friend, que fez o Wickham em Orgulho e Preconceito. Ele é, aliás, namorado da Keira Knightley, que deve ter se mordido por não ter feito a Rainha Vítória.
PS4: O Paul Bettany, a quem já dediquei um post, é Lord Melbourne.
PS5: Esse é um retrato da verdadeira Rainha Vitória.
PS6: Vitória e Albert tiveram NOVE FILHOS. Ele morreu aos 41 anos e décadas antes dela. Leia mais sobre ela no Brasil Escola ou no site da BBC.